Em março de 2006 a moto estacionada na faculdade ganhou a companhia da minha. Não conhecia o proprietário, mas as motos já se conheciam. Na correria do dia a dia conheci o dono da moto, professor Ricardo, nesse breve instante falamos das nossas viagens, ora sozinhos, ora acompanhados. Falei de minha viagem a Porto Seguro em 1995, a São Paulo/Santos várias vezes e ele as inúmeras idas e vindas ao Rio de Janeiro.
Nossos encontros no estacionamento estenderam-se para a sala dos professores. Estávamos sem saber, criando o nosso moto clube, com uma condição básica: amar e respeitar o prazer de pilotar. Esse é o nosso lema: quem ama, respeita.
Moto não é substituto de carro, não é por que é mais econômica, ou por que chega mais rápido, isso não justifica a aquisição de uma moto. A única justificativa é gostar de moto.
Da sala dos professores, para a estrada, onde conheci o Marcelo, apaixonado por motos, viajandão e lobo também. Um lobo reconhece o outro.
Já tínhamos nome: Lobo Solitário, que nasceu na viagem feita por Ricardo e Lourdes a Barretos em 2005.
Lobo é um animal que tem uma visão muito boa, tem audição muito aguçada e um olfato apurado anda sozinho ou em matilha.
Ricardo fez menção ao Lobo mau da estorinha infantil que anda atrás dos Três Porquinhos e da Chapeuzinho Vermelho, tudo bem, esse lobo se deu mal, mas nós não somos maus, somos Lobos e isso faz toda a diferença.
O significante “solitário” diz respeito a nossa condição no mundo: solitário na “insustentável leveza do SER” e não solitário por falta de opção ou de amigos. Nosso brasão há dois Lobos, ilustrando que não há nada de solidão. Portanto, viajamos em grupo ou solitário e isso para um lobo não tem nada de solidão. Solidão é invenção do homem.
Em 14.03.08 criamos nosso estatuto. Agora é só felicidade.
Gladston Lobo, Ricardo Lobo e Marcelo Lobo.
quinta-feira, 27 de março de 2008
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